Entrevista com chileno Skármeta

As duas obras levam à tela o jeito emocionante, lúdico, e dramático de Skármeta contar histórias. “A maior influência de toda minha vida é Shakespeare. O drama e a ironia dele me tocam”, diz, revelando que já não lê romances. Vai pela poesia, música e teatro. Da primeira, diz aprender a narrar com imagens. “Dá energia e mais emoção à prosa. Se narrar com ideias, a literatura fica intelectual”.
Da música, fala hoje sobre a cantora brasileira da década de 50, Dalva de Oliveira “mas como ela me atinge deixamos em segredo até a palestra”, reserva sorrindo. O amor pelas artes é emprestado inclusive aos seus personagens. Em “El Baile de la Victoria”, por exemplo, o conto “Três Flores Amarelas”, de ReymoCarver, é discutido por dois personagens, que fazem canções populares.
A produção do autor chileno continua em outras trilhas em 2010, quando “O Carteiro e o Poeta” estreia como ópera, na Califórnia, e a peça “18 Quilates”, escrita em junho deste ano, estreia em Nápoles. Entre teatro, música e letras, Skármeta se diz um narrador. “Escrevo para comunicar e compartilhar uma emoção de viver.”
{foto pescada do blog: mesmachuva.blogspot.com.br. ao lado, luiz fernando verissimo}
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{novembro de 2009}
