Segunda Pele de Roberta Sá
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Quando começou a cantar, Roberta Sá, que amanhã** lança o quarto disco de estúdio no Teatro do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80), às 21h, soltava sua voz, cheia de letras de amor, justamente para a Nossa Senhora Música, sua rainha, musa e seu encanto. MPB, leia-se, gênero ao qual se dedica e ama aos quatro ventos.
Em “Segunda Pele”, ela chega ainda mais faceira, mais feliz, segue leve e causa muita dança. “No início, cantava sim para a música. Agora, eu e meu público estamos juntos nessa felicidade e celebração toda”, diz, até pelo telefone, com voz de sorriso. Pelas canções do disco, tudo é uma festa. Para provar que a MPB não é cult e pode, sim, ser mais popular, pop mesmo. Só que com qualidade de encher a alma. Como amar com felicidade e cuidados escancarados. “Nossa música nasceu com a dança. O povo é muito festivo. Há espaço para a MPB de arranjos sofisticados”, diz a vencedora dos prêmios de Melhor Álbum e Melhor Cantora no Prêmio da Música Brasileira 2011 por “Todo o Canto É Reza”, dela e Trio Madeira com composições de Roque Ferreira. Além desse, ela lançou Braseiro” (2004), “Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria” (2007) e o DVD “Pra se Ter Alegria” (2009).
O disco vem com o título da sensual composição de Carlos Rennó e Gustavo Ruiz. Seguem composições de Lula Queiroga (“Altos e Baixos” e “Pavilhão de Espelhos”), João Cavalcanti (“O Nego e Eu”) e mais uma dela e do marido Pedro Luís, “No Bolso”. Para o show, Roberta acrescenta “Mão e Luva”, “Tá”, de Pedro Luis e Mariana Aydar, “Alô Fevereiro”, “Ah se Eu Vou” e outras do DVD. Com direção musical, guitarra, violão, arranjos e programações de Rodrigo Campelo, ela faz o show com sua turma: Antônia Adnet (violão de 6 e 7 cordas), Sacha Amback (teclados e programações), André Rodrigues (baixo), Paulino Dias (percussão), Edu Neves (flauta e sax), Élcio Cáfaro (bateria) e Moisés Alves (trompete e flugelhorn).
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{foto gui paganini, divulgação}
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**texto de 15 de março, Porto Alegre.